“Uma pessoa que tem 
problemas financeiros, uma pessoa que 
tem dívidas, é
uma pessoa que falta integridade nela?” – Pergunta de aluno

Sim. Eu acho que falta integridade dela com ela mesma. Na hora que 
ela diz
assim…e eu sei que muita gente
 vai me ouvir falar disso pode até ficar
 meio
bravo, mas é para dar uma 
cutucada mesmo. Tem gente que escreve
 e diz
assim: “Lu, adorei esse vídeo,
vou aplicar. Vou fazer 
hoje mesmo.”

Será que a pessoa faz mesmo? Porque eu recebo,
depois de um tempo, que
várias pessoas
 me escrevem dizendo: “Ah, eu vi esse, vi esse,
esse e outro
vídeo e já consegui 
resolver!”. E outras pessoas 
que veem vários vídeos e não
têm tanto 
resultado assim.

Tudo bem,
 algumas pessoas têm dificuldade de
 aplicar sozinha, e por isso até
às vezes
 vêm para o curso. Algumas pessoas
 levam mais tempo, e eu acho
que velocidade
 nem é o importante. O importante é a direção,
é você
caminhar mesmo.

Mas tem muita gente 
que assiste e não faz, que diz que vai 
fazer e não faz,
que diz que vai ligar para
o amigo, que vai no banco, que vai fazer isso
 e não
faz. Isso é falta de integridade.

Falta de integridade 
não é ser desonesto, falta de integridade é 
você não agir
por inteiro, você não estar 
inteiro ali. Você deixar um buraco, você deixar
coisas incompletas. Se você deixou alguma
coisa incompleta, se você
começou a fazer 
e não foi até o final, faltou integridade,
está incompleto, tem
um buraco.

Eu tenho certeza, se as
 pessoas que têm dívidas, ou àquelas que
 nem têm
dívidas, mas que simplesmente não 
conseguem guardar dinheiro, se elas
analisarem ali, está faltando integridade em
alguma área da vida delas. Às
vezes nem é a financeira, sabe?

E eu falo isso com 
muita tranquilidade porque eu consigo
 olhar para trás e
olhar para
 minha vida e ver como eu faltava
 com integridade. Desde as
pequenas coisas: ”Amanhã eu te ligo!”…dizem que carioca 
tem essa mania…
“Ah, legal, amanhã 
a gente se vê lá!”. E a pessoa não está 
nem pensando em
ir. Isso é falta
de integridade.

Você não diz que vai se você não vai. Eu fazia essas coisas. E eu agia, então,
por 
falta de integridade ali e eu acredito
 de verdade que uma forma
como 
você faz uma coisa é a forma como você 
faz todas as outras. Não sou
eu que
 estou dizendo. Essa frase não está
 saindo da minha cabeça.

Ela foi imputada na minha 
cabeça no dia em que eu participei de um
treinamento 
com o T. Harv. Eker, que é o autor de “Os segredos
da mente
milionária”. Ele veio para o Brasil,
deu um treinamento, eu fiz questão de
fazer 
esse treinamento com ele. E eu ouvi ele dizendo: “A forma como você 
faz uma coisa é a forma como você 
faz todas as outras”. E ele disse
isso 
em um momento em que algumas pessoas 
estavam voltando do intervalo
e voltaram atrasadas. E eu estava
 nesse bolo.

Fui no banheiro, a fila 
estava grande, demorei. Voltei atrasada. Essa é a minha
desculpa,
a minha justificativa. E aí sentei na
 cadeira atrasada, ele ficou
olhando,
e ele falou: “Vocês estão faltando 
com integridade, vocês não estão
se comprometendo. Eu pedi para voltarem 
no horário e vocês não voltaram.”

A gente tem as nossas 
desculpas, eu tinha a minha. Eu falei:
“A fila estava
grande!”. E quando a gente tem 
a nossa desculpa, a gente ainda 
joga no
outro. Ainda pensei na hora: “Vocês que fizessem esse 
treinamento em um
outro local onde a fola não fosse 
ficar tão grande, a culpa não é minha,
a
culpa é de vocês!”.

É muito fácil quando a gente 
falta com integridade, a gente colocar
a culpa no
outro, responsabilizar o outro. Mas ele disse que era 
para voltar na hora e ele
perguntou: “Vocês se comprometem a voltar na hora?”. E eu levantei a
mão,
todo mundo levantou a mão e disse que voltaria 
na hora. E eu não voltei.
Não tem desculpa, eu disse que voltaria e não voltei. Eu tenho que dar o meu
jeito,
a responsabilidade é minha. O comprometimento é meu!

Na vida financeira
também é assim. E aí quando ele
 disse isso:
“Olha, vocês
estão faltando
 com comprometimento, vocês não estão
 sendo íntegros, vocês
não estão
 aqui inteiros, vocês dizem uma coisa
 e fazem outra. E a forma
como vocês 
fazem uma coisa é a forma como vocês
 fazem todas as outras.”
Naquela hora eu fiquei 
bem “p” da vida, sabe?!

Fiquei pensando
 assim: “Quem é esse cara,
nem me conhece!? Não estou
nem aí
 para ele, vou fingir que 
nem foi comigo.” Só que como ele foi
falando
 eu fui percebendo que às vezes eu chegava
 atrasada, sim, e eu
falava
“foi o trânsito”. Ou eu dizia que 
eu iria estar lá e acabava não indo e
não 
ligava para avisar.

E aí essas pequenas coisas 
em várias áreas da vida, se você soma,
aquilo
torna quem você é. A pessoa que 
chega atrasada. A pessoa que diz que 
vai
fazer e não faz. A pessoa que não termina 
o que começou. E aí desse
jeito,
como a gente cresce financeiramente na vida
 sendo essa pessoa?

Quando ele falou isso,
eu falei “Caramba!”. Eu não estava gostando
 de
descobrir aquilo, mas fez todo sentido. Então eu comecei
a perceber aonde eu
estava faltando com 
integridade na minha vida. E eu não queria 
mais fazer
isso, eu queria ser uma 
pessoa inteira. A pessoa que começa
 e que termina. A
pessoa que diz
que vai fazer e faz.

Então trazer isso para
 o meu comportamento fez muita diferença. Não é fácil
encarar isso. A primeira vez que a gente ouve isso é meio assim…faz parte da
nossa falta
 de integridade dizer: “A culpa não é minha!
A culpa é do fulano, a
culpa é do governo,
a culpa é do meu chefe, do meu marido,
é do meu pai!”.

Mas a gente precisa assumir a responsabilidade na nossa vida…e olha que
bom! Saber que a gente 
é responsável pelas coisas complicadas que estão
acontecendo na
 nossa vida é muito bom! Porque se a gente é responsável por
essa cagada 
que está dando, a gente pode muito bem ser
 responsável por
melhorar. E aí assumir a
 responsabilidade é o maior ato de integridade
que a
gente pode ter.