Hoje eu quero falar com os papais e mamães que estão aqui no canal querendo dominar as finanças e que já podem ajudar seus filhos a começarem essa jornada, também.  O treino de hoje é para o futuro do nosso país…as nossas crianças! Eu vou mostrar 8 lições de finanças  que seu filho pode aprender desde já e transformar o futuro dos seus filhos.  

 

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Eu vou compartilhar aqui o que eu gostaria de ter aprendido quando criança. Eu respeito e honro muito a educação financeira que eu recebi dos meus pais, porque eu sei que eles fizeram o melhor que eles podiam com o conhecimento que eles tinham naquele momento. Mas se eu, meus pais, e milhares de brasileiros, se a gente pudesse aprender o que eu vou te ensinar aqui, certamente nossa vida e nosso país seriam diferentes.  

 

Em primeiro lugar, qual é o melhor momento para uma criança aprender a lidar com dinheiro?  

Até os 4 anos talvez a criança não saiba contar direito, não tenha essa noção correta de quantidade. Mas ela já entendeu o sentido da palavra “compra” e ela já sabe que pode conseguir as coisas e começar a pedir por elas. Então, nessa fase, o ideal é não deixar ela pensar que pode ter tudo e ensinar os seus filhos a uma ter noção de limites. Mesmo que isso seja doloroso para você.  

Mas para falar de dinheiro, dinheiro mesmo, é legal a partir dos 5, dependendo da maturidade da criança. Porque aí ela já lida bem com números, quantidades, já pode ter a noção do dinheiro. E eu vou te dar várias dicas aqui para você pode ir trazendo para sua vida, para a vida de vocês aos poucos, aquelas que fizerem sentido com a educação que você quer dar para seus filhos.  

 

 1. Oriente a criança a definir um motivo para ter e guardar dinheiro  

A minha primeira dica é a mesma que eu tenho para os adultos: define um motivo para ter e guardar dinheiro. Mostra que é importante abrir mão de alguma coisa do presente para ter alguma coisa bem legal no futuro.  

Então, converse com a criança sobre as coisas que ela quer, faz ela escolher uma dessas coisas primeiro, escolher aquela que ela mais quer agora. Aí você diz que você vai ajudar a conquistar isso. Pesquisem juntos o valor, define uma semanada para você ajudar a criança a comprar o que ela quer.   

Você não precisa e nem deve dar o valor todo de uma vez. Ajuda a criança a entender quantas semanadas vão ser necessárias para ela ter o que ela quer. Porque assim ela começa a ter noção de curto e de longo prazo. Se ela quiser algo de 30 reais, ela pode levar 3, 4 semanas juntando o dinheiro pra conseguir comprar o que ela quer.  

 

 2. Comece com semanada 

Você pode dar uma semanada ou mesada. Mas, no início, começar com uma semanada, principalmente para as crianças mais novinhas, vai fazer ela se envolver mais com esse processo.  

E como a noção dela de tempo é diferente da de um adulto, dar esse dinheiro por semana fica mais adequado pra ela. E nessa semanada você pode dizer que uma parte é para usar e a outra parte é para guardar.  

Por exemplo, você pode combinar que no final de semana, se você chamar ela para passear e fazer um lanche, por exemplo, o lanche é por sua conta, mas se ela quiser comprar um doce ou um brinquedo, ela vai tirar da parte de usar. E que ela pode até mexer na parte que é de guardar, mas aí ela vai estar abrindo mão daquilo que vocês combinaram que é o desejo dela.  

 

Isso é o que vai trazer um comportamento mais equilibrado para os seus filhos. Eles vão saber que dinheiro não é para gastar tudo. Uma parte é para usar e a outra parte é para guardar.  

 

 3. Não vincule semanada às tarefas obrigatórias 

Não vincule a semanada às tarefas que você considera obrigatórias para a criança, como o dever de casa, tomar banho, escovar os dentes. Não coloca preço nessas coisas e não vai pagando ou tirando caso eles façam ou não façam. Mas não entregue fácil se seus filhos não estiverem empenhados em conquistar.  

E o que eu quero dizer com isso? Na hora de combinar a semanada, mostra para ele que ele precisa se empenhar, que ele tem deveres, que precisa cumprir e que são inegociáveis.  

 

 4. Ensine seu filho a investir 

Ensine seu filho a investir. Quando a gente investe, a gente está emprestando para o banco e ganhando juros por isso, não é? Então! Você pode fazer de uma maneira mais lúdica e dizer assim… 

“Filho, você quer investir? É só deixar sua semanada com a mamãe, eu vou usar esse dinheiro no meu trabalho para fazer mais dinheiro e na semana que vem, na próxima semanada, ao invés de te dar 10 reais, eu te dou 12. Porque quando você investe, você empresta seu dinheiro e a pessoa te paga mais, agradecendo por você ter emprestado!”. 

Claro que isso vai depender da idade e maturidade dos seus filhos. Se eles já tiverem mais de 11/12 anos, você pode até ir ao banco com ele, depositar o dinheiro na sua conta, aí depois vocês fazerem investimentos juntos, acompanhar pela internet, mostrando que o dinheiro cresce mesmo quando a gente empresta para o banco. Já pensou que beleza ele crescer sabendo que é melhor emprestar para o banco do que pegar emprestado?  

E para facilitar essa brincadeira, você pode escolher um CDB de liquidez diária que tem disponível hoje no banco Sofisa, porque dá para investir a partir de 1 real. Abre conta no banco Sofisa para você ver como é.  

 

 5. Mostre todos os tipos de dinheiro 

Mostre que existe dinheiro de todo tipo. Não deixa seu filho pensar que cartão de crédito é mágico e que é só passar que tudo pode ser comprado. Não deixa ele ver que quando você está sem dinheiro, você passa no cartão. Conversa sobre os tipos de dinheiro: cheque, moeda, papel, cartão de débito, cartão de crédito. Mostra que um equivale ao outro, que tem dinheiro ali dentro, não tem mágica.  

 

 6. Ensine com exemplos 

Agente ensina com exemplos. Não vai adiantar você querer que seus filhos dominem as finanças, sejam adultos financeiramente inteligentes e saudáveis se você não é.  

É superlegal você estar aqui aprendendo a falar de finanças com seus filhos, mas a melhor coisa que você pode fazer por eles é cuidar das suas finanças. Então, não deixa para depois o que você pode fazer agora, tá?  

E eu não estou falando só de quitar dívidas, de começar a investir. Eu estou falando, também, do que você pensa e fala sobre dinheiro. Isso também influencia a forma como seus filhos agem com o dinheiro. Você vive dizendo que é difícil fazer o dinheiro sobrar? Ou que do jeito que as coisas andam é impossível realizar seus sonhos? Ou que querer dinheiro é feio, ou que o importante é ter o básico pra viver?  

Seus pensamentos hoje influenciam diretamente a construção da personalidade financeira dos seus filhos. O que você gostaria que eles pensassem sobre dinheiro e finanças? O que pode ser mais benéfico para o futuro deles? Pensa nisso… 

 

 7. Prepare seus filhos para viverem com pouco dinheiro. 

Não estou falando ficar dizendo que a vida é difícil,  que tá ruim para todo mundo, que não tem que querer ser rico… Não é isso que eu estou falando. Viver com pouco dinheiro, sem gastar dinheiro, não é necessariamente ruim.  

Aprender a viver com pouco dinheiro é escolher, por exemplo, não ter um carro, para não ter custos exagerados, não poluir o ambiente e andar de carro compartilhado, como de aplicativo. É ter cuidado em apagar a luz, de fechar a torneira na hora de escovar os dentes. É aprender a comprar só o que vai consumir. Isso vale para roupa, eletrônico, comida… Para não ficar gastando à toa e gerando lixo à toa. É pensar no meio ambiente e usar o dinheiro de uma forma que seja boa para ele, para o seu filho, e para todo mundo! 

 

 8. Estimule o empreendedorismo 

Se seu filho quiser empreender, não repreenda. Eu já vi crianças querendo fazer docinho para vender na escola e os pais impedindo que o filho trabalhe tão cedo. A melhor coisa que pode acontecer na vida do seu filho é ele aprender a batalhar pelo que quer desde cedo. Ninguém vai ficar traumatizado com isso. Claro, desde que isso não comprometa tudo aquilo que é importante para ele agora: a escola, a saúde Mas empreender, ter mais de uma fonte de renda, pode ser mágico na vida de alguém.  

 

Bom talvez você saiba, talvez não, mas eu não tenho filhos. E vou te contar algo bem pessoal agora. Eu decidi não ter. É uma opção que eu tenho que poucos entendem, muitos respeitam, e está tudo bem. A questão é que eu não aplico essas dicas na prática porque eu não tenho criança para educar.   

Mas eu sei que é extremamente desafiador educar uma criança. Eu tenho irmãos mais novos, eu já tive e tenho enteados. Eu tenho uma ligeira noção disso. Mas, então, aplica o que fizer sentido para você. Faz o que for possível fazer, não se cobre, mas dê o seu melhor.  

 

Só de você estar aqui, buscando uma forma de educar financeiramente seus filhos, você já está fazendo algo muito importante para eles.  

 

É isso, obrigada! Até o próximo artigo.  

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